

"... Quando o verão chegar O amanhecer será lindo Esse céu que hoje vejo tão cinza ! Se abrirá num lençol infinito e azul O sol estará radiante no ar Invadindo toda casa , todo lar Quando o verão Tão amado e esperado No nosso Hemisfério Sul chegar . Quando o verão chegar Logo bem cedo Bem cedinho os pássaros estarão cantando Um novo dia , uma nova aurora E que dia maravilhoso a natureza estará celebrando Bem cedo vou abrir as janelas , vou escancarar as portas Quando o verão Tão lindo e sonhado No nosso Hemisfério Sul chegar .”
Nas escolas Waldorf, especialmente no Jardim de Infância, procuramos trazer às crianças tudo aquilo que está acontecendo lá fora na natureza. Agora, no início do ano, após um período de recesso voltamos mais descansados e revigorados.
Muitos tiveram a oportunidade de viajar nas férias, ir à praia, montanha, cachoeiras ou mesmo descansar em casa.
A sensação de entrar no mar, de brincar de fazer castelo de areia, admirar conchas, sentir o cheiro de mato, tomar banho de cachoeira ou de mangueira, tudo isso está muito presente nesta época quente de verão. Desta forma procuramos trazer para o ambiente da sala, nas músicas, rodas e histórias estas imagens que vivenciamos fora.
Assim recomeçamos nosso trabalho no Jardim de Infância, onde dia-a-dia as crianças vão entrando novamente no ritmo da escola preenchidas e alimentadas com esses conteúdo.

Dia 21 de dezembro, às 14h46min (horário de Greenwich) o Sol entra em Capricórnio. Neste dia vivenciamos o solstício de verão no hemisfério sul e o solstício de inverno no hemisfério norte. No sul: o dia mais longo do ano, no norte: a noite mais longa do ano. Entrada do sol em Aquário: 20/01 à 01h27min. Entrada do sol em Peixes: 18/02 às 15h35min.

Celebrado no Brasil em Dezembro (na entrada de Capricórnio), é a noite mais curta do ano, quando todos os tipos de fadas e elfos andam correndo soltos por toda parte. Esses dias e noites do Solstício de Verão estão repletos de grande poder e magia; são tempos para realizar rituais que vicejam com prodigalidade na estação, quando a vida é mais fácil e a tantas horas de luz diurna que nos permitem realizar todas as tarefas com tempo de sobra para o repouso e o divertimento.
O Solstício de Verão é um ritual de festa e alegria. Trocam-se presentes mágicos, faz-se uma grande festa para agradecer a todas as energias pelo verão, pelas frutas que estão nos pés, pelo Sol, que nessa época do ano brilha mais tempo no céu. A partir desse dia há um declínio do sol, os dias começam a ficar mais curtos e começamos a armazenar forças para o outono. Tradicionalmente as ervas colhidas nesse dia são muito poderosas.
Há muito tempo observadas como épocas importantes para se harmonizar com as energias do ciclo solar, os solstícios e equinócios são agora reconhecidos como ocasiões importantes para uma ligação para a meditação, para a ascensão nossa e do nosso mundo.
O Solstício marca a necessidade de encontrar segurança interna através de nossa conexão com o Espírito, o EU INTERNO, e assim nossa resposta a outras pessoas e coisas vem do coração em vez de vir de um ego inseguro. Atualmente muitas pessoas se reúnem em locais sagrados por todo o mundo nos Solstícios e Equinócios para se conectar mais fortemente com a Terra e para ampliar o efeito da cura planetária.

Procure fazer as refeições sempre nos mesmos horários, variando o cardápio para evitar a monotonia alimentar. O corpo etérico da Terra nos presenteou com uma enorme variedade de legumes, verduras, cereais e frutos.
Dê preferência aos produtos orgânicos ou biodinâmicos.
Frutas da Estação: Abacaxi, banana nanica, coco verde, figo, limão, Maracujá, melão amarelo, melancia, uva Itália, uva Niágara, maçã nacional, goiaba, banana prata, abacate.
Legumes: Batata, cebola, quiabo, tomate, pepino.
Verduras: Alface, moyashi, repolho roxo, couve-rabina, repolho. Fonte: www.bemdesaude.com

Ritmo é algo fundamental, pois conduz a criança diariamente através das atividades propostas com segurança e confiança.
Temos o ritmo do dia (dentro-sala/fora-pátio), que inclui brincar livre com as atividades pedagógicas do dia, desenhar, preparação do lanche junto da professora, roda rítmica, lanche, higienização, brincar livre e história. O ritmo da semana, cada dia acompanha a sua atividade: modelagem, aquarela, tear, produzir enfeites de sala para as épocas, jardinagem, marcenaria, lavar as roupinhas da sala, sempre no momento previsto. O ritmo mensal, onde num período aproximado de 4 semanas, são vivenciados diferentes temas (ou épocas), que dão conteúdo para as histórias, para a roda rítmica, nos enfeites de sala, na mesa de época, nas músicas, nas brincadeiras, nas atividades manuais que acompanham a época. Tudo isso leva a criança a vivenciar e ajudar a preparar e a comemorar a festa do ano correspondente, que é a coroação de cada época. Por fim temos o ritmo anual, que tem a ver com as épocas do ano: Verão, Outono, Inverno e Primavera. Estas são acompanhadas pelas Festas Anuais do calendário cristão: Natal, Páscoa, São João e São Micael. Desta forma, o ritmo diário é permeado pelo ambiente, elementos e músicas de cada uma destas Épocas e Festas, trazendo assim para a criança uma vivência cultural e temporal através das imagens destes períodos.

Música
Dê-me cá sua mão 2x
Chame logo, chame logo
Chame logo seu irmão.
Verso
Na areia fofinha nós vamos brincar!
E um buraco bem fundo, iremos cavar
Um monte de areia então vai surgir
E com ele, um castelo vamos construir.
Com muito cuidado, uma torre vou erguer
E assim um castelo vai aparecer.
Conchinhas, ouriços, estrelas do mar,
Todos eles o castelo irão visitar.
Siris, caranguejos, também vão estar,
Brincando na areia, na areia do mar.
Música
Caranguejo não é peixe
Caranguejo peixe é
Caranguejo só é peixe
Lá no fundo da maré
Olha palma, palma, palma
Ora pé, pé, pé
Ora roda, roda, roda
Caranguejo peixe é.
Música
Eu tenho um peixinho no aquário
Colorido e brincalhão
Gira, gira, que mergulho
Só pra chamar atenção
Música
Se a canoa não virar, Olêolêolê olá Eu chego lá
Se a canoa não virar, Olêolêolê olá Eu chego lá
Rema, rema, rema, remador Quero ver depressa o meu amor Se eu chegar depois do sol raiar Ela bota outro em meu lugar
Se a canoa não virar, Olêolêolê olá Eu chego lá
Brincadeira cantada
A canoa virou, Quem deixou ela virar? Foi por causa da menina, Que não soube remar. (bis)
Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar Eu tirava a menina Lá do fundo do mar... (2X)

Sapatinhos de veludo eu vou colocar
E a boca fechadinha eu vou deixar
Para a história escutar.
História de dedinho – Em um riacho
Em um riacho claro e branquinho vem nadando um lindo peixinho. Vem saltando e mergulhando. Balança e descansa. Balança e descansa e vai para o fundo do mar.
História rítmica - A beterraba
Vovô plantou uma beterraba e disse-lhe:
- Cresça beterraba. Cresça e fique bem doce! Cresça beterraba, cresça e fique bem forte!
A beterraba cresceu -doce, forte e grande, enorme.
Vovô foi tirar a beterraba da terra. Puxava, puxava, mas não conseguia tirá-la da terra.
Vovô então foi chamar a vovó.
Vovó segurava o vovô,
Vovô segurava a beterraba.
Puxavam, puxavam, mas não conseguiam tirara a beterraba da terra.
Vovó então chamou o netinho.
O netinho segurava a vovó,
Vovó segurava o vovô, vovô segurava a beterraba
Eles puxavam, puxavam, mas não conseguiam tirar a beterraba da terra.
O netinho então chamou o cachorrinho.
O cachorrinho segurava o netinho,
O netinho segurava a vovó,
Vovó segurava o vovô,
Vovô segurava a beterraba.
Eles puxavam e puxavam, mas não conseguiam tirar a beterraba da terra.
O cachorrinho então foi chamar o gatinho.
O gatinho segurava o cachorrinho,
O cachorrinho segurava o netinho,
O netinho segurava a vovó,
Vovó segurava o vovô,
Vovô segurava a beterraba.
Eles puxavam e puxavam, mas não conseguiam tirar a beterraba da terra.
O gatinho então foi chamar o ratinho.
O ratinho segurava o gatinho,
O gatinho segurava o cachorrinho,
O cachorrinho segurava o netinho,
O netinho segurava a vovó,
Vovó segurava o vovô,
Vovô segurava a beterraba.
Eles puxaram e puxaram e conseguiram tirar a beterraba da terra.
Um ratinho passou e a história levou!
Oração
Eu achei a minha estrela 3x
E no coração guardei
Fontes:
Livro: Conte outra vez – contos rítmicos. Karin Stasch
O papel dos Pais
O Carnaval Cristão Afro-Brasileiro
Os primeiros habitantes do Brasil, os Tupis, os Guaranis, e outras tribos, tinham suas próprias comemorações carnavalescas- ou o equivalente- nas quais os guerreiros e as cunhãs se mascaravam se pintavam e dançavam dias e noites sem parar. Na festa Xingu Ana do Yamaricumã, por exemplo, as leis tribais são abolidas, e as mulheres dançam e se pintam como homens e faz tudo o que eles fazem, enquanto os guerreiros ficam passivos e recolhidos, como mulheres: é a inversão dionística dos papéis.
Os portugueses trouxeram suas festas de inverno para a Colônia, alias para todas as suas colônias- Brasil, Cabo Verde, Macau, Goa, Angola, Timor... A festa lusitana não era muito bem vista pela Igreja Católica, sendo, no máximo, tolerada. Os padres e a moral da época recomendavam moderação e penitencia, ao invés dos "excessos lascivos" dos foliões. Na verdade, a festa era tradicionalmente orgiástica e, portanto, contraria ao rigor imposto pelos sentidos da tradição católica.
Aconteceu, no caso do Brasil, que os africanos escravos adotaram amplamente não só a festa, mas também o seu espírito dançante dionístico- muito identificado com a própria tradição festiva africana. E acontecia, em todo carnaval, que os africanos saíam ás ruas do Rio de Janeiro, e dos outros centros importantes da Colônia, conforme uma expressão antiga "na maior desordem”, tocando seus atabaques, pintados, mascarados, atirando jatos de água e papéis picados nos transeuntes e vivendo, pelo menos naqueles dias, um relaxamento parcial de seu pesadelo fardo, a escravidão. Os senhores brancos católicos- talvez morrendo de vontade de entrar na folia- comemoravam o Carnaval de uma forma mais comedida, mais bem comportada, em bailes mascarados fechados. Tolerava-se a bagunça dos negros, na rua. Mesmo assim, o chamado "Entrudo", as festas negras de carnaval, os batuques afro carnavalescos, foram duramente reprimidos e perseguidos no final do século XIX. A policia chegou a prender negros ou qualquer cidadão, branco ou liberto, que aderisse à farra.
Na proporção em que o Entrudo afro-brasileiro começou a serem perseguidos pelas autoridades, os bailes de branco mascarados, pouco a pouco, iam se esparramando pelas ruas e avenidas- continuando a folia através de um desfile de damas e de cavaleiros mascarados, para os quais, das varandas altas, as pessoas atiravam flores e confetes e serpentinas. Em 1854, o Entrudo foi definitivamente proibido e não mais apareceu- pelo menos como era antes. E no ano seguinte, houve o primeiro desfile de foliões nas ruas. Ocorreram então bailes populares, menos aristocráticos, para os quais a população mais simples se dirigiu, já que o Entrudo fora proibido. E desses bailes saíram procissões festivas, cortejos dionísticos de beduínos, de arlequins, de colombinas, de pierrôs e de figuras as mais exóticas.
Assim, a festa foi assumindo ares mais populares, menos aristocráticos, nem tão dos senhores brancos- os quais mantinham ainda seus salões particulares- nem tão dos escravos, reprimidos em seu Entrudo humilde. No final do século XIX, no Carnaval, as ruas já eram novamente enfeitadas, ocorriam desfiles de foliões, batuques comedidos, associações de estudantes se apresentavam nas ruas, desfiles de carruagens e, mais tarde, de automóveis e, ainda mais tarde, de carros alegóricos decorados. No nordeste brasileiro, aos poucos os ritmos africanos foram voltando- o frevo, o coco, os batuques e cacumbis e outros ritmos alegres afro-brasileiro iam tomando conta e arrastando as multidões nas ruas. Mais ao sul do país, aos poucos, o samba dos morros e outros ritmos afro foram novamente retornando. E o resultado é o que temos hoje: Um carnaval popular, de rua, nas cidades nordestinas, ao som dos trios elétricos, um carnaval de luxo e de ostentações, das escolas de samba e nos clubes de elite, no sudeste do país.
O Carnaval, enfim, não é uma festa, é um estado de espírito. É o estado de alma de quem sente, ou quer sentir, que por trás da morte, por trás do nonsense, por trás do ressecamento, a Vida ainda reserva como surpresa, um mar de alegrias, de cores, de perfumes e de beleza... É o estado da alma que canta:
“Tanto riso, ó quanta alegria mais de mil palhaços no salão...”.
Músicas para o Carnaval:
à Mamãe eu quero
Mamãe eu quero,
Mamãe eu quero mamar,
Da chupeta, da chupeta
Da chupeta, pro neném não chorar.
à Ai, a bruxa vem aí E não vem sozinha, Vem na base do saci.
Pula, pula, pula Numa perna só.
Comments