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Época de Inverno e São João

Foto do escritor: educacaoestrelasgueducacaoestrelasgu

BALÕES DE LUZ

“Aqui

Na noite antiga de garoa e frio fino,

Subiam balões de luz

Em honra do primo de Jesus,

São João Menino.


E, em nosso coração,

Cada balão,

Subindo rápido e em linha reta,

Era o próprio João Menino

Se transformando em João Profeta.


Era o profeta

Que parecia o clarão da madrugada,

Antecedendo a chegada

Do grande sol nascente, da maior luz:

O Cristo Jesus.”


(Ruth Salles)


A ÉPOCA DO INVERNO

Traz frio e escuridão. Convida para ver as estrelas, o luar ou acender uma lareira. Convida para cantar, ler, escrever, pensar. Mas convida principalmente para dividir, compartilhar. Na grande roda de amigos palpitam os nossos ideais sociais. Somos irmãos. Surge a oportunidade de nos vermos, nos determos, agradecermos.


A Festa de São João relembra São João ou João Batista, o homem que nasceu em 24 de junho e, através de suas atitudes na vida, trouxe a mensagem de que "devemos mudar nossos rumos para encontrar a luz", sugerindo que o caminho para isso é a meditação, a interiorização, a reflexão, pois São João nos ensina que todas as respostas estão e serão encontradas dentro de nós.

Essa mensagem nos leva ao conteúdo da festa que é a Sabedoria, a capacidade de aprender algo a partir de nós mesmos. Devemos trabalhar em nós a coragem para um julgamento interior consciente; visando nosso amadurecimento como pessoa.

Na época da Festa de São João, no nosso hemisfério, vivemos o inverno e o frio que favorece o recolhimento, a meditação, a necessidade de ficar quieto e em silêncio e se respeitarmos os momentos de recolhimento natural das crianças, tomando o cuidado para que o ambiente da casa esteja aconchegante, então estaremos permitindo que a criança viva intensamente esta festa.

Na Festa de São João existe o costume de acender a fogueira, imagem em que a luz simboliza a sabedoria, a luz interior e o calor do amor, representando o movimento da sabedoria capaz de iluminar o pensamento, aquecendo o coração. Dentro da Pedagogia Waldorf também temos o costume de acender lanternas feitas pelas próprias crianças e adultos. Elas representam a luz interior de cada um, a sabedoria oferecida para iluminar o mundo.

Depois de viver a Sabedoria o homem se prepara para a próxima festa.

Nesse momento o inverno vai deixando nosso hemisfério e a primavera vai se apresentando. Toda a natureza, como um ato de coragem, começa a florescer.

O homem também desperta, o sol começa a puxá-lo para fora, ele agora deve atuar.


Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa Joanina", especialmente e homenagem a São João.

O nome Joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros. A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foi introduzido o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses. A dança-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha.

Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. No Nordeste do país, existe uma tradição que manda que os festeiros visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.


Essas são as palavras de João referindo-se ao crescimento do Eu Superior, o mais íntimo, o mais sagrado elemento em nós, que irradia sua luz e o significado sobre todos os eventos de nossa biografia. Que nos eleva internamente a regiões onde nos sentimos unidos aos seres divinos, e com eles traçamos uma vida nova em direção a um futuro que queremos.

João é considerado o último dos profetas da época pré-cristã. A voz que clamava no deserto anunciando a nova era.


É ele que batiza Jesus nas águas do Jordão, na Galiléia, reconhecendo Nele o Cristo, e legando à Humanidade a poderosa imagem do Novo homem, aquele que é preenchido pela sua natureza divina, que se desenvolverá a partir da expressão das suas próprias forças e que tomará nas mãos a própria vida, guiando-se pelo impulso do amor e da fraternidade.


“Vim ao mundo para preparar o caminho para o Ser Superior”.


Anunciei que o mundo espiritual está próximo e que as pessoas devem mudar suas concepções. “Venho proclamar uma vida nova que é o Eu renascido da Humanidade”. Assim falou João Batista de si próprio e de sua missão. Desde aquela época uma luz espiritual cósmica penetrou na escuridão da Terra, em cada fruto da Terra, criando nela um novo centro luminoso, que brilha espiritualmente para todo Universo. Este é o significado espiritual da fogueira de São João!


No Brasil encontramos as mesmas condições anímicas da Galiléia de dois mil anos atrás. Um lugar onde haviam se mesclado os mais diversos grupos étnicos.


Um lugar para onde haviam confluído os povos das mais diversas partes da Terra. Justamente por isso não existia mais a valorização do parentesco sanguíneo que conferia o direito à herança do conhecimento e da sabedoria e por consequência, o direito à ascensão social. Na Galiléia, pelo fato dos homens estarem miscigenados, desabrochou uma qualidade de alma individual com uma força vigorosa e nela pôde penetrar uma consciência do Eu que atuou como um poderoso impulso espiritual dentro do processo de desenvolvimento humano.


Celebremos João!



A Festa da Lanterna é uma festa de origem européia. Lá, é comemorada no dia 11 de Novembro, dia de São Martinho. Foi introduzida no Brasil pela primeira Escola Waldorf de São Paulo, para o Jardim da Infância, na época de São João.


No hemisfério Sul, em Junho, estamos entrando no Inverno. Portanto, podemos dizer que essa é uma festa que prepara para a chegada do inverno, época que percebemos uma grande inspiração da terra, uma aquietação da natureza. O clima fica mais frio, a noite chega mais cedo, tudo favorece uma atitude de recolhimento e interiorização, de uma busca para dentro de nós mesmos, da luz que vive no nosso interior.


Em toda chegada de uma nova estação, buscamos direcionar novas atividades e assumir uma postura coerente com as qualidades que a época inspira. Imbuídos de sentimentos verdadeiros tornamos quase que tradutores dessas qualidades que a natureza emana.


Quanto menores as crianças, mais sutis serão nossos gestos, mais plenos de imagens serão os conteúdos trabalhados no dia a dia. O professor de Educação Infantil pode ser um grande poeta que utiliza intensamente as figuras de linguagem a favor das crianças, metaforizando aquilo que os pequenos só podem apreender (e aprender) pelas imagens.

Precisamos cuidar para que a cada época, a cada celebração possamos despertar aquilo que já está impregnado na alma humana e precisa, aos poucos, ser “acordado”.


Esse despertar é um processo natural da criança resultando num desenvolvimento individual, à medida que, repetidamente, povoamos de imagens seus corações. As celebrações das festas anuais são ótimos recursos de que nos valemos para possibilitar aos pequenos essas vivências que lhes alimentam a alma proporcionando sentimentos de alegria, amor, coragem, confiança e segurança diante do mundo.


O simbolismo desse passeio é expresso na história da “Menina da Lanterna”, a qual logo no início do conto é surpreendida pelo vento que apaga sua luz, sendo que esse momento representa a necessidade do ser humano iniciar um caminho de autoconhecimento em busca de sua luz interior. No decorrer da história ela encontra os animais, que representam nossos instintos e solicita ajuda, porém eles negam e diante da frustração, a menina adormece e encontra o caminho que deve seguir a partir da ajuda das estrelas. Ao continuar sua caminhada em busca de sua luminosidade interior, ela se depara com três partes que formam os seres humanos, sendo elas o pensar (fiandeira), o querer (sapateiro) e o sentir (criança). Após todos esses encontros e a negação dos personagens em acompanhá-la, a menina desiste e adormece, sendo que ao acordar percebe que sua lanterna está iluminada. Satisfeita e feliz por “se encontrar”, a menina retorna e ilumina o caminho daqueles que necessitam, num gesto de doação e amadurecimento do seu sentir, querer e pensar.


Nessa história são vivenciadas diversas ocasiões, as quais são absorvidas inconscientemente pelas crianças de acordo com sua fase de desenvolvimento e ensinando muitas lições significativas para a vida.


"Minha luz vou levando. Sempre dela cuidando. Se alguém precisar. Dela posso lhe dar"


Fonte: http://www.festascristas.com.br/sao-joao-batista/sao-joao-batista-textos-diversos/670-a-festa-da-lanterna-sonia-maria-ruella



“É inverno, está tão escuro e frio… Nunca uma noite tão longa se viu… Tudo se cala, a porta se cerra… Ninguém mais fala do que a noite encerra… As flores murcham Aves migram E tudo dorme à face da Terra…”

(Eliane Azevedo)



A nossa festa junina/lanterna é preparada por integrantes da escola, professores, pais e amigos. Ela marca o calendário e fortalece a comunidade, pois é um momento especial que rompe a rotina dos afazeres diários e desperta a atenção para outras ações que também fazem parte da vida!


A celebração das festas anuais possibilitam aos pequenos e aos familiares vivências que alimentam a alma, proporcionando sentimentos de alegria, amor, coragem, confiança e segurança diante do mundo.


É uma época muito linda, calorosa e alegre. Já no início de junho, começamos a cantar as tradicionais cantigas juninas, que nos fazem saltar, dançar e requebrar.


As lanternas são pintadas e então vem à confecção das mesmas, onde muita cola e papéis de seda são usados.


Bandeirinhas multicoloridas enfeitam nossas salas, e na mesa de época, surge um pequeno arraial que por sinal poderia ser elaborado pelas crianças e pais, na casa da criança também! Certamente seus filhos adorariam!


O tempo já está mais frio e dá vontade de ficar com as janelas fechadas. Pode surgir a lanterna de mexerica para iluminar nossa mesa na hora da refeição ou estória. Como as crianças se encantam com as sombras que se projetam.


Muitas estórias como “a Juliana” e da “Menina da Lanterna” podem ser contadas.


A época das fogueiras e quadrilha com muita diversão!


Festas com muita comida típica, milho, pipoca, pinhão e bolo de milho.


A época de São Joao culmina com a festa da lanterna, festa intima para as famílias. Ela ocorre no final da tarde. As crianças recebem suas lanternas e saem para um passeio. Cuidadosamente caminham cantando, até encontrarem a fogueira. Em volta da fogueira podemos cantar dançar e ouvir histórias. Certamente um momento muito especial para as crianças!


Para nós adultos, esta época de inverno, de recolhimento, pode servir para pensarmos sobre nossos atos em geral, e pegarmos o que já não mais nos cabe, o que é velho em nós e jogar na fogueira, para deixar o novo brotar e crescer. Como Joao disse “Eu devo decrescer para Ele crescer” (texto de Silvia Jensen do boletim Anabá Jardim Escola).



O outono e o inverno são períodos em que recolhemos e armazenamos energia. É hora de tonificar os órgãos e sistemas através de alimentos fortes, revigorantes, cozidos, que mantenham aceso o fogo interior.


Então, no inverno é necessário começar a reduzir os alimentos mais salgados. O sal é de energia fria e nesta época do ano precisamos nos aquecer. Devemos procurar os alimentos de características amargas e mornas, que ativem a circulação do sangue. É a época das sopas cozidas por muito tempo e lentamente, dos cereais e legumes que quase se desmancham. Ficam liberadas as gostosuras de forno, que vão trazer calor para dentro.


Há mais apetite e necessidade de fortalecer o corpo, por isso cabem refeições ligeiramente mais pesadas, com um pouco mais de gordura e, se na sua dieta incluem-se carnes, use-as bem cozidas e com moderação. Café? Cabe, mas pouco. Chá? Cuidado, pois em geral refresca, então depende muito do que você comeu antes. O chá de canela é um dos poucos de característica quente. Os cremes quentes, como o de inhame (descascado, cozido, batido no liquidificador, com um pouquinho de cebolinha verde picada, azeite e pouco sal) de consistência suave, ou creme de mandioquinha.


Ah! Não se esqueça de se prevenir dos resfriados evitando frutas frescas e aquecendo bem o corpo, por dentro e por fora. Evite o leite e derivados, pois formam muco. Use gengibre, alho poró, cebolinha verde, mel, canela, mingaus e sopas em geral, castanha, sementes, maçãs assadas e saúde!


Fonte: Manual do Herói, de Sonia Hirsch.


RECEITA


Podemos preparar para as crianças um delicioso bolo de fubá com erva-doce, canjica, doce de batata doce, milho cozido, pinhão, pipoca e um delicioso arroz doce como sugere a receita abaixo:


Arroz doce integral com leite de coco e amêndoas


Ingredientes:

1 xícara de arroz integral orgânico lavado e escorrido

4 xícaras de leite de coco

1 xícaras de açúcar demerara orgânico

2 colheres de sopa de água de rosas ou flor de laranjeira

1 colher de sopa de canela em pó

1 xícara de amêndoas torradas e trituradas


Modo de preparo:

Numa panela, coloque o arroz e o leite, misture leve ao fogo alto e deixe ferver. Reduza o fogo para o brando e cozinhe, mexendo sempre com uma colher de pau para a mistura não grudar no fundo da panela, por cerca de 50 minutos ou até o arroz ficar macio. Acrescente o açúcar, a água de rosas ou flor de laranjeira e as amêndoas, misture bem e tire do fogo. Coloque o arroz-doce numa travessa, polvilhe com canela e sirva.



Desde tempos antigos, os povos festejam o movimento cíclico de fenômenos da Natureza: os solstícios de verão e inverno e os equinócios da primavera e do outono. Em cada um deles, as forças divinas atuavam e se manifestavam diretamente na natureza, influenciando no clima, na vegetação (colheitas), nas marés, no curso dos astros, entre outros.


O ritmo anual, dentro das escolas Waldorf, é vivenciado por essas quatro grandes épocas. Que são sintonizadas em nosso calendário com as festas de Páscoa, São João (Festa da lanterna), Festa da Primavera (Dia de São Micael), e o Natal (São Nicolau).


Cada uma dessas datas possui um conteúdo arquetípico que nos alimenta animicamente. A criança absorve esses conteúdos de forma mais “natural”, pois tem mais facilidade de lidar com as imagens simbólicas, uma vez que ainda não tem capacidade interpretativa e não tem tendência a intelectualizar essas vivências.


Portanto, devemos organizar os festejos de tal forma que as qualidades da bondade, beleza e verdade estejam sempre presentes. Assim, serão sempre motivo de alegria, entusiasmo e gratidão.


Época de São João: – A Festa da Lanterna é uma festa de origem europeia. Lá, é comemorada no dia 11 de Novembro, dia de São Martinho. Foi introduzida no Brasil pela primeira Escola Waldorf de São Paulo, para o Jardim da Infância, na época de São João.

No Hemisfério Sul, em Junho, estamos entrando no inverno. Portanto, podemos dizer que essa é uma festa que prepara para a chegada do inverno, época que percebemos uma grande inspiração da terra, uma aquietação da natureza. O clima frio, a noite que vem mais cedo, favorece uma atitude de recolhimento, de interiorização, de uma busca para dentro de nós mesmos, talvez de nossa própria luz interna. Nesses dias queremos voltar logo para casa, mal finda nossa jornada de trabalho, para nos aquietarmos e ficarmos juntos dos nossos.


Como em toda chegada de uma nova estação, educadores direcionam suas atividades e assumem uma postura coerente com as qualidades que a época inspira. Imbuídos de sentimentos verdadeiros, tornam-se quase que tradutores dessas qualidades que a natureza emana.


Diríamos que tudo isso já está impregnado na alma humana e precisa, apenas, aos poucos, ser “acordado”. Esse despertar é um processo natural da criança resultando num desenvolvimento individual de cada uma, na medida em que, repetidamente, vamos povoando de imagens seus corações. A celebração das festas anuais são ótimos recursos de que nos valemos para possibilitar aos pequenos essas vivências que lhes alimentam a alma proporcionando sentimentos de alegria, amor, coragem, confiança e segurança diante do mundo.


É por isso que no Jardim da Infância, em Junho, comemoramos essa época com a Festa da Lanterna, deixando para os maiores a vivência das festas juninas e de São João. Durante a Festa as crianças carregam suas lanternas passeando pelas áreas abertas da escola simbolizando essa luz interior: o fogo divino e transformador que todo o ser humano tem dentro de si.


Os professores contam e podem até presentear as crianças com um lindo teatro da história “A Menina da Lanterna”, cujas imagens mostram o caminho individual do homem em busca da luz interior. Os personagens do texto nos revelam âmbitos do ser humano que necessitam ser dominados, transformados e renovados. Lembremos que o fogo, desde os tempos mais remotos, é o elemento da natureza mais usado por todos os povos para simbolizar a transformação.


Após a apresentação do teatro, quando já é noite, todos fazem a roda e levam suas lanternas acesas pelas áreas abertas da escola, cuidando para que a luz pequena, mas forte, não se apague. Trilhar esse caminho é uma prova de coragem, e a lanterna acesa é um estímulo que pode ajudar aos pequeninos. Caminhando juntos, todos cantam canções folclóricas que nos falam sobre o homem, sobre a natureza, sobre o céu e a terra e suas relações. É dever e tarefa dos adultos, pais e professores, vivenciar a Festa da Lanterna com plena consciência, trazendo-a crianças, com veneração, sentimentos belos, bons e verdadeiros pertinentes a essa época do ano.





Roda de são João


Dê-me cá sua mão 2x

Chame logo, chame logo

Chame logo seu irmão

Verso

Mês de junho, mês de frio.

Quanta folha pelo chão.

Cada uma tem um fio

Que me aperta o coração.


Musica


Pipoca, paçoca, vamos todos dar as mãos!

Já chegou dia de festa, a festa de São João.

Um passinho para frente, um passinho pro lugar

Todos juntos alegremente, uma volta vamos dar.


Verso


Estoura pipoca

Estoura bem

Espero que sobre pra mim também

Se sobrar piruá

Não importa lá


Verso


Bate o pilão, bate o pilão,

Soca o milho e tritura o grão,

Rala o coco bem raladinho

Enrola de leve um docinho.


Musica


Tem, tem, tem cocadinha,

Tem, tem, pra comprar,

Vem, vem, vem Sinhazinha,

A barraquinha provar,

Pé de moleque, melado.

Pinga, aipim, batatinha,

Oh! Quanta coisa gostosa, pra você Sinhazinha.


Verso


O vento faz frio que arrepio.

Vamos cortar madeira para fazer uma fogueira?

Madeira sobre madeira

Faremos uma fogueira.

No céu brilham estrelas

Na terra brilham fogueiras.

São João! Fogueira de São João!

Toda terra brilha na noite de São João!

Sobem as chamas!

Sobem as chamas!

Mais alto, mais alto.

Iluminam, e aquecem nossas vidas,

Nossas almas!


Musica


Chegou a hora da fogueira,

É noite de São João,

O céu fica todo iluminado,

Fica todo estrelado,

Pintadinho de balão,


Sobe, sobe balãozinho.

Balãozinho multicor,

Vai ser mais uma estrelinha,

A alegrar nosso senhor.


Música


O balão vai subindo,

Vai caindo à garoa,

O céu é tão lindo

E a noite é tão boa,

São João, São João,

Ascende a fogueira do meu coração


Música


Cai, cai balão 2x

Cai aqui na minha Mão

Não cai não 3x Na rua do sabão


Outras músicas e versos


Música – Lanterna


Eu vou com a minha lanterna

E ela comigo vai

No céu brilham estrelas

Na Terra brilhamos nós

A luz se apagou, pra casa eu vou

Com a minha lanterna na mão

A luz se apagou, pra casa eu vou

Com a minha lanterna na mão


Minha luz vou levando

Sempre dela cuidando

Se alguém precisar

Dela posso lhe dar


Lanterninha brilha

Muito mais que o dia

Pois o nobre sol,

Já não pode mais brilhar

Vem chegando a noite

E o meu lampião

Todo iluminado

Eu carrego pela mão


Lanterna, lanterna

Sol, lua, estrelinha

O ventinho vai, o ventinho

Mas não apaga a lanterna de ninguém



Música:


No pé da laranjeira

Tem um ninho de barro

Pode ser do João, João de Barro

Pode ser do João, João de Barro


Sabiá Laranjeira

Tem o peito dourado

Voa, canta canção pros namorados

Voa, canta canção pros namorados


Queria se passarinho

Pra poder olhar pra baixo

Ver tudo pequenininho, casa, cavalo, riacho

Ver tudo pequenininho, casa, cavalo, riacho



Música:


Capelinha de melão

É de São João

É de cravo, é de rosa

É de manjericão

São João está dormindo

Não acorde, não

Acordai, acordai

Acordai, João



Verso

Mês de junho, São João...

Quem me dera ser pequeno!

Que saudades do clarão

Da fogueira no sereno!


Música:

Pula fogueira iaiá

Pula fogueira ioiô

Cuidado para não se queimar

Olha que a fogueira já queimou o meu amor. (2x)


Brincadeira cantada


Vai abóbora, vai melão

Vai melão, vai melancia

Faz doce, Sinhá, faz doce, Sinhá

Faz doce, Sinhá Maria


Quem quiser aprender a dançar

Vá na casa do Seu Juquinha

Ele pula, ele dança

Ele faz requebradinha


O alface já nasceu

Mas chuva quebrou o galho

Rebola, chuchu, rebola, chuchu

Rebola, senão eu caio


Brincadeira


No caminho da roça

Tem maracujá

Mas não tem maduro

Pra meu bem chupar

As pombinhas voam,

Um beijinho, beijei

Um beijinho, beijar

Dona Mariquinha, rode

Dona Mariquinha rodá

Um beijinho, beijei

Um beijinho, beijar



Música


Pula, pula, pula pipoquinha

Pula, pula, pula sem parar Pula, pula, pula bem quentinha Para a festa alegrar “ploc”


Brincadeira:


*São João dararão, tem duas gaitararaita

Quando tocororoca, bate nela,

Todos os anjaranranjos tocam gaitararaita

Tocam tantaranranto aqui na terra.

Lá no cente-ren-ren-tro

Da aveni-ni-ni-da

Tem xá-ro-po-ro-ro-pe

Escorregou.

Agarrou-so-ro-rose

Em seu vestidi-di-di-do

Deu uma pré-re-re-ga

E se rasgou.


*Macaco pisa o milho, pló, pló, pló!

No pilão da sapucaia, pló, pló, pló!

Ele pisa, ele cessa pló, pló, pló!

Na barra da minha saia, pló, pló, pló!

(Com variações no tom da voz e na velocidade/tempo da música)


Brincadeira cantada


Vai abobora, vai melão,

Vai melão, vai melancia

Vai coco sinhá,

Vai coco sinhá,

Vai coco e queijadinha

Quem quiser aprender a dançar,

A vai a casa do Juquinha,

Ele pula, ele roda, ele faz requebradinha (2x)


Música


Sapatinhos de veludo eu vou colocar

E a boca fechadinha eu vou deixar

Para a história escutar.



História de dedinho – o anão e o gigante


Um anão muito engraçado na floresta foi passear.

Eis que surge um gigante e ao pequeno quer pegar.

O anão mais que ligeiro na floresta se escondeu.

O gigante procurou, procurou e o pequeno não encontrou


História de dedinho – Pesico e Pesaco


Este é o Pesico

Este é o Pesaco

Dois anõezinhos dentro do saco

Pesico tem um chapeuzinho

Pesaco tem uma fita na testa

E lá vão eles para a grande festa

Eles dançam bem certinhos,

Os passos pequenininhos

Depois voltam novamente para o saco

Mas o saco furou

E lá se vê Pesico e Pesaco.


História rítmica – A história da vaca -


Era uma vez uma vaca que certo dia não achou mais graça em comer capim. Ela queria outra coisa do que sempre capim e capim.

Primeiro mastigou um pouco o poste da cerca. Mas a madeira estava tão dura e tão seca que a vaca não gostou.

Depois viu um varal atrás da cerca, esticou o pescoço, esticou a língua para fora do focinho, e depois puxou uma camisa do varal. Mas a camisa estava com gosto de sabão e a vaca só comeu metade da camisa.

Olhou em volta de si e descobriu um velho sapato na moita, ela mastigou aquele sapato por bastante tempo, mas o cadarço lhe fazia cócegas e o couro tinha gosto de graxa, a vaca cuspiu o sapato.

A vaca deitou se na sombra dormiu um pouco e depois viu as outras vacas. As outras vacas comiam capim com margaridas e dente- de – leão.

A vaca também quis um pouco não queria que as outras vacas comessem tudo sozinhas! Então se levantou, comeu seu capim com flores, e não é que tinha um sabor delicioso?!

Um ratinho passou e a história levou.

Livro: Conte outra vez – contos rítmicos. Karin Stasch.



Oração

Eu achei a minha estrela 3x

E no coração guardei


História: Juliana

(Silvia Jensen)

Era uma vez uma menina chamada Juliana. Ela morava com seu pai e sua mãe numa casinha perto da floresta. Juliana tinha muitos amiguinhos e muitos brinquedos. O seu brinquedo preferido era um lindo balão azul. Ela o levava para o quintal e jogava o balão para cima e ele caia para baixo; jogava para cima e ele caia para baixo.

Mas certo dia veio o vento sul, que havia comido muito e por isso estava muito forte e levou o balão da Juliana lá para cima, no céu.

Enquanto o balãozinho subia, os passarinhos cantavam:


“Sobe, sobe, balãozinho

Balãozinho multicor

Vai ser mais uma estrelinha

A alegrar Nosso Senhor”


E Juliana viu seu balão subindo, subindo, e este balão tinha um brilho especial que irradiava do coração de Juliana. Todas as noites ela olhava pela janela do seu quarto e o balão piscava lá no céu. No fundo do seu coração, Juliana sentia saudades do seu balão azul.

Certo dia, ela foi passear na floresta e encontrou um anãozinho de touca vermelha que trabalhava: toc, toc, toc!

Juliana chegou perto dele e perguntou:

- Anãozinho, você acha que meu lindo balão azul vai voltar um dia?

- Ah, espere a noite mais longa do ano chegar, e ela lhe trará uma surpresa!

Juliana correu para casa e perguntou à sua mãe, quando seria a noite mais longa do ano. E sua mãe respondeu:

- Espere os dias ficarem mais frios, as noites mais longas e o céu mais estrelado, e quando os anõezinhos acenderem sua fogueira lá montanha, esta então será a noite mais longa do ano, a noite se São João.

Juliana olhava todas as noites pela janela para ver se os anõezinhos haviam acendido a grande fogueira, e nada acontecia.

Certa manhã Juliana acordou sentindo muito frio, vestiu casaco de lã, meia, luva, gorro e quando a noite chegou, o céu estava todo estrelado e lá longe ela avistou uma pequena chama, lá na montanha dos anõezinhos. Ela apurou bem seus ouvidos e escutou:


“Sobem as chamas,

sobem as chamas

Mais alto, mais alto,

Iluminam e alegram

Nossas vidas nossas almas”


E lá do alto do céu ela viu algo brilhante descendo, e os passarinhos cantavam:


“Cai, cai balão, cai, cai, balão,

Na rua do sabão.

Não cai não, não cai não, não cai não,

Cai na mão da Juliana”


Juliana levantou suas mãos para cima e o balão caiu em suas mãozinhas. Dentro dele havia um pozinho brilhante, era o pozinho das estrelas, e quem nele tocasse ficaria conhecendo a alegria de nosso Senhor. E Juliana, muito bondosa, deu um pouquinho do pozinho para seus amiguinhos, para os anõezinhos e para todos os bichinhos que estavam ao seu redor.


Conto: A menina da Lanterna

(Silvia Jensen)


Era uma vez uma menina que carregava alegremente a sua lanterna pelas ruas. De repente chegou o vento e com grande ímpeto apagou a lanterna da menina.

Ah! – exclamou a menina.

Quem poderá reacender a minha lanterna?

Olhou para todos os lados, mas não achou ninguém.

Apareceu, então, um animal muito estranho, com espinho nas costas, de olhos vivos, que corria e se escondia muito ligeiro pelas pedras. Era um ouriço. – Querido ouriço! – exclamou a menina.

– O vento apagou a minha luz, será que você não sabe quem poderia acender minha lanterna?

E o ouriço disse a ela que não sabia; que perguntasse a outro, pois precisava ir para casa cuidar dos filhos.

A menina continuou caminhando e encontrou com um urso, que caminhava lentamente. Ele tinha uma cabeça enorme e um corpo pesado e desajeitado, e grunhia e resmungava.

– Querido urso! Falou a menina. – O vento apagou a minha luz.

– Será que você não sabe quem poderia acender a minha lanterna?

E o urso da floresta disse a ela que não sabia, que perguntasse a outro, pois estava com sono e ia dormir e repousar. Surgiu, então, uma raposa, que estava caçando na floresta e se esgueirava entre o capim, espantada, a raposa levantou o focinho e, farejando, descobriu-a e mandou que voltasse para casa, porque a menina espantava os ratinhos.

Com tristeza, a menina percebeu que ninguém queria ajudá-la. Sentou-se sobre uma pedra e chorou. Neste momento surgiram estrelas que lhe disseram para ir perguntar ao Sol, pois ele com certeza poderia ajudá-la.

Depois de ouvir o conselho das estrelas, a menina criou coragem para continuar o seu caminho. Finalmente, chegou a uma casinha, dentro da qual avistou uma mulher muito velha, sentada, fiando sua roca. A menina abriu a porta e cumprimentou a velha:

- Bom dia, querida vovó, disse ela.

– Bom dia! Respondeu a velha. A menina perguntou se ela conhecia o caminho até o Sol e se ela queria ir com ela, mas a velha disse que não podia acompanhá-la, porque ela fiava sem cessar e sua roca não podia parar. Mas pediu à menina que descansasse um pouco, pois o caminho era muito longo. A menina entrou na casinha e sentou-se para descansar.

Pouco depois, pegou sua lanterna e continuou a sua caminhada. Mais para frente encontrou outra casinha no seu caminho, a casa do sapateiro. Ele estava consertando muitos sapatos. A menina abriu a porta e cumprimentou-o. Perguntou, então, se ele conhecia o caminho do Sol e se queria ir com ela procurá-lo. Ele disse que não podia acompanhá-la, pois tinha muitos sapatos para consertar. Deixou que ela descansasse um pouco, pois sabia que seu caminho era longo, a menina entrou e sentou-se para descansar. Depois que descansou, pegou sua lanterna e continuou a caminhada.

Bem longe, avistou uma montanha muito alta. Com certeza, o Sol mora lá em cima - pensou a menina e pôs-se a correr, rápida como uma corsa.

No meio do caminho, encontrou uma criança que brincava com uma bola. Chamou-a para que fosse com ela até o Sol, mas a criança nem respondeu. Preferiu brincar com a sua bola e afastou-se saltitando pelos campos.

Então, a menina da lanterna continuou sozinha o seu caminho. Foi subindo pela encosta da montanha. Quando chegou ao topo, não encontrou o Sol.

Vou esperar aqui até o Sol chegar, pensou a menina, e sentou na terra. Como estivesse muito cansada de sua longa caminhada, seus olhos se fecharam e ela adormeceu. O Sol já tinha avistado a menina há muito tempo. Quando chegou a noite ele desceu até a menina e acendeu sua lanterna. Depois que o Sol voltou par o céu, a menina acordou.

Oh! A minha lanterna está acesa! Exclamou e, com um salto pôs-se alegremente a caminho. Na volta, reencontrou a criança da bola, que lhe disse ter perdido a bola, não conseguindo encontrá-la por causa do escuro. As duas crianças procuraram, então, a bola. Após encontrá-la, a criança afastou-se alegremente.

A menina da lanterna continuou o seu caminho até o vale e chegou à casa do sapateiro, que estava muito triste na sua oficina. Quando viu a menina, disse-lhe que seu fogo tinha apagado e suas mãos estavam frias, não podendo, portanto, trabalhar mais. A menina acendeu a lanterna do sapateiro, que agradeceu, aqueceu as mãos e pôde martelar e costurar seus sapatos.

A menina continuou lentamente a sua caminhada pela floresta e chegou ao casebre da velha, seu quartinho estava escuro, sua luz tinha-se consumido e ela não podia mais fiar. A menina acendeu nova luz e a velha agradeceu, e logo sua roca girou, fiando, fiando sem cessar.

Depois de algum tempo, a menina chegou ao campo e todos os animais acordaram com o brilho de sua lanterna.

A raposinha, ofuscada, farejou para descobrir de onde vinha tanta luz. O urso bocejou, grunhiu e, tropeçando desajeitado, foi atrás da menina. O ouriço, muito curioso, aproximou-se dela e perguntou de onde vinha aquele vaga-lume gigante.

Assim a menina voltou feliz para casa sempre cantando sua canção:


“Eu vou com minha lanterna

Com minha lanterna na mão

No céu brilham estrelas,

Na Terra brilhamos nós.

A Luz se apagou, para casa eu vou

Com minha lanterna na mão”.





 
 
 

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