

“Quando as folhas amarelam
Quando o sol muda de cor
Quando tudo se recolhe
E já não há tanto calor
Acontece na natureza
Um momento singular
Tudo fica quietinho
Como se a vida fosse acabar
Na verdade é só um sono.
Que o outono vem trazer
Para depois de algum tempo
A vida feliz renascer”
(Beatriz Camorlinga)
Quando prestarmos mais atenção aos detalhes da natureza, poderemos perceber que cada estação do ano nos traz mensagens e convites específicos. No entanto, muitas vezes não conseguimos enxergar esses sinais por que insistimos em achar que não somos parte integrante da natureza. O outono é uma época especialmente recheada de significados que podem enriquecer nossas percepções. Esse período chega logo após o verão, aquela estação de tempo quente, aberta, de plena luz e em que nossos movimentos tendem para o mundo externo. Não é por acaso que para chegar a uma estação intermediária precisamos das “águas de março”, uma chuvinha persistente que vai resfriando o tempo aos poucos.
O outono é uma época de transição entre os extremos de temperatura verão-inverno. Qual é a principal imagem que lhe vem à mente quando pensa em outono? É bastante provável que a maioria das pessoas responda a clássica imagem das árvores perdendo as folhas. Mas por que acontece essa perda? Se as árvores não as deixassem ir, não sobreviveriam ao inverno. As folhas queimariam com o frio e, assim, os ciclos de respiração da árvore se findariam bruscamente, o que resultaria no fim da vida. A natureza nos mostra mais uma vez a beleza de sua sabedoria: É preciso entrega, é preciso deixar ir o que não serve mais, para proteger o que é mais importante.
Reflita a partir disso: o que você precisa deixar ir, do que você precisa abrir mão para seguir firme para os próximos ciclos, para continuar a crescer? O outono é também estação de amadurecimento dos frutos. É o tempo de deixar ir, inclusive, os resultados de nossos esforços, para que novas forças possam atuar nos futuros projetos.
Não é simples, nem fácil, mas também não é impossível. Como tudo na natureza, nossos processos de mudança carecem de tempo para se instalarem. Tempo para ir amadurecendo, até que seja o momento da colheita.
Na Pedagogia Waldorf, durante a época de outono na Educação Infantil, trabalhamos as imagens que a natureza nos traz: folhas secas de vários tons e frutas saborosas; é a época também dos anões e gnomos, pois estamos iniciando o movimento de “grande inspiração” do ritmo anual, em direção ao inverno. Os anõezinhos trabalham nas profundezas da terra, cuidando das pedras preciosas, das sementes e raízes para que as árvores ganhem nova força, nova vida e flores coloridas depois do inverno.

No primeiro congresso da “Aliança para a Infância” em Bruxelas, em outubro do ano 2000, pessoas do mundo inteiro que trabalham e se preocupam com crianças, se juntaram para tentar entender o que é a infância no início deste novo milênio e qual é o seu futuro. Assim como o meio ambiente físico sofre agressões pela poluição da terra, da água e do ar, podemos dizer que o meio ambiente humano no qual vivemos também está sendo poluído com fatores como a falta de tempo, o estresse, a falta de movimento, as influências da mídia, da televisão o consumismo exacerbado, etc... O tempo e o espaço do se humano estão sobrecarregados e isto tem uma influência particularmente grave no desenvolvimento da criança. Foram debatidos assuntos como a violência, a tecnologia de comunicação, os maus tratos. Mas eu queria compartilhar com vocês algumas reflexões sobre o tempo. A criança percebe o tempo de forma mais lenta – ela vive numa outra zona de tempo que os adultos. Ela vê o mundo de forma nova, a cada instante, com todos os sentidos abertos. Quem observa o desenvolvimento da criança vê como cada experiência, por exemplo, de movimento, precisa ser feita com profunda concentração e tranquilidade e ser repetida inúmeras vezes, com erros e acertos. As crianças se dão este tempo: o tempo para conhecer, experimentar, repetir, ganhar confiança e adquirir uma nova habilidade. No brincar a criança está envolvida profundamente e com todos os sentidos no presente.
A criança saudável procura naturalmente o que ela precisa para o seu desenvolvimento e isto só pode acontecer com tempo. Ela só aprende quando explora ativamente o meio ambiente. Muitas vezes os adultos atrapalham este processo de vivência interna do tempo da criança.
Uma pequena pesquisa feita num jardim de infância dos EUA mostrou que as últimas palavras que a maioria dos alunos escuta antes de sair de casa são: “Apresse-se”. A nossa sociedade tem a tendência de apressar a criança para fora da infância. Quando apressamos uma criança, por exemplo, para se vestir, calçar os sapatos, para comer, impedimos a participação dela no seu processo. E porque isto acontece?
Outra pesquisa diz que nos EUA os pais têm em média 20 minutos por dia para se dedicar ao seu filho. Sabendo que as crianças americanas passam de 2 a 3 horas por dia em frente à televisão, percebemos um desequilíbrio nesta relação. Podemos então nos questionar: que modelo os pais são para as crianças, e que modelo a televisão oferece para elas?
A pressa, a falta de tempo, a aridez generalizada, tem conseqüências sobre o desenvolvimento das crianças que podem se manifestar em vários níveis: insatisfação, frustração, falta de concentração, desconfiança, desinteresse pelo mundo ou, se for mais grave, sinais de estresse, depressão, distúrbios do sono e da alimentação e doenças físicas.
Muitos fatores levam a uma disfunção do tempo: parece que a nossa sociedade está engatada na velocidade máxima e isto se manifesta em todos os aspectos da nossa vida: na maneira de se alimentar (fast-food), na maneira de se locomover (carros e estradas mais rápidas), na maneira de nos relacionar e comunicar (telefone celular, e-mail) e no lazer. Atividades de alta velocidade na TV, vídeo, jogos eletrônicos levam a uma hiper-estimulação e a uma insatisfação com o presente. Perdemos a compreensão do tempo e isto se manifesta na maneira como vivemos no planeta Terra: perdemos a relação equilibrada entre exploração e regeneração dos recursos naturais. O ser humano e o planeta terra têm grandes capacidades de adaptação. Mas até onde, e quais conseqüências desconhecidas de nós isto poderá ter? E principalmente, quais conseqüências isto terá nas crianças que são o futuro da humanidade? É preciso sarar nossa relação com o tempo. E a resposta é simples: é só com tempo. Não é só o tempo. Não é só o tempo da criança que precisa ser respeitado. É o nosso também. O tempo de ter fome e de comer, o tempo de ter sono e de dormir, o tempo de sentir, ver, agir, o tempo de parar. O tempo da vida humana e o tempo da natureza. Um tempo cheio de amor, confiança e tranqüilidade propicia as vivências que a criança precisa ter para crescer de maneira integra e saudável, fazendo uma coisa depois da outra, podendo errar e recomeçar. É importante que toda a atividade que a criança presencia e das quais participa, tenham um sentido, um início e um fim.
A criança tem curiosidade em relação ao tempo – podemos orientá-la, falando sobre o que foi e o que será – o ontem, o hoje e o amanhã. A relação com a natureza é muito benéfica, pois nela tem a espera, o crescimento e a maturidade. Como educadores, pais ou professores, propiciaram experiências diferenciadas, a criança vai pegar o que ela precisa no momento adequado para si. Só o que ela consegue por si será verdadeiramente aprendido.
Remo Largo definiu da seguinte maneira as necessidades da criança: Tempo para o desenvolvimento individual: necessidades individuais, processo de aprendizagem, prontidão. Tempo para vivência em comum: vida imitativa, comunicação social, linguagem. Tempo disponível do adulto para a criança: modelos, disponibilidade, continuidade dos cuidados, confiabilidade, coerência.
Crianças precisam de tempo:
🪶 Tempo para perceber e conhecer o mundo a seu redor.
🪶 Tempo para criar a sua própria visão de mundo.
🪶Tempo para sonhar os seus sonhos.
🪶Tempo para crescer e para – na plenitude do seu tempo – estar pronto para atuar na vida
O mais precioso que podemos dar para nossas crianças é tempo. Isto exige paciência e prontidão; estar verdadeiramente presente.

Manual do Herói, de Sônia Hirsch.
Estamos saindo do verão, da energia de expansão e do ar morno, muitas vezes quente. Com a chegada do outono, entramos num período fresco, que nos conduz ao recolhimento. Tudo o que acumulamos desde o outono passado deve ter saído e agora é hora de acumular novamente para enfrentar, logo mais, o inverno. Nesta época devemos começar a refeição com um pouco de sabor ácido, que poderá vir daqueles azedinhos, que as crianças tanto adoram, do limão, de tamarindo ou da salsinha. Servem para proteger, principalmente o fígado, que é um general no comando das forças internas. Seguimos com alimentos mais cozidos, de natureza morna, isto é, alho poró, batata-doce, cebola, gengibre, abobrinha, folhas de mostarda, pistache, uvas, coentro, cominho e, especialmente, as sopas.
Se você utiliza carnes na sua dieta, comece com elas devagarzinho, para se aquecer profundamente. Por exemplo, no caldo da sopa pode usar galinha, peixe, ostra. Atenção também para o que produz fluído: outono é seco e se não houver umidade os pulmões e intestinos sofrem. Defumados? Não se recomenda. Frutas? Melhor ir comendo as secas, especialmente o damasco, que é ácido, e as de natureza morna, que são raras. Maças ao forno, recheadas com mel e tahine fazem bem no outono.
Observe seu corpo à medida que a temperatura externa vai caindo; se estiver sentindo frio, principalmente nas extremidades, comece a colocar uns pauzinhos de canela no seu mingau matinal e evite comidas cruas. Coma pão de centeio, que tem sabor amargo.

Música:
Dê-me cá sua mão 2x
Chame logo, chame logo
Chame logo seu irmão.
Verso
De manhã bem cedinho
Acordam os anõezinhos
Vão para a biquinha
Lavam o seu rosto e a barbinha
Vestem a calça, abotoam o manto
Calçam as botas, vestem o gorrinho
E reúnem-se para o canto.
Música:
Miscofi taro taro tiro liro
Clin clin clóf taro taro tiro ló
Flim flum
Frungs trungs sibiribisibis
Cataparuúngus, trá trics!
Verso
Depois de tomar seu chá,
Pegam a enxada, o martelo e a pá,
E vão para as montanhas trabalhar.
Música:
Trap, trap, trap, na montanha vão subir.
Trap, trap, trap, não tem medo de cair.
Trap, trap, trap, na montanha vão entrar.
Trap, trap, trap, vão agora trabalhar.
Bate, bate, bate, noite e dia,
Bate, bate, bate, sem cessar.
Na terra escura e sombria,
Pequenos anõezinhos a trabalhar.
Pam, pam, pam, a martelar,
Grandes cristais a lapidar.
Plim, plim, plim, a martelar,
Pequenos cristais a lapidar
Músicas para a época:
A Janelinha fecha
Quando está chovendo
A Janelinha abre
Se o sol está aparecendo
Fechou, abriu
Fechou, abriu, fechou
O Outono entrou,
Folhas vão cair,
Vou me agasalhar,
Frio não vou sentir.
O inverno então,
Vai se aproximar,
E em meu coração,
O sol vai brilhar!
As flores já não crescem mais
Até o alecrim murchou
O sapo se mandou
O lambari morreu
Porque o ribeirão secou
Oi trá, lá, lá, lá, lá, lá, oi.
Oi trá, lá, lá, lá, lá, lá, oi.
Brincadeira Cantada
Gira gira as mãozinhas, gira gira, plim, plim, plim
Gira gira as mãozinhas, estala língua, clã, clã, clã
Gira gira as mãozinhas, bate palmas, clap, clap, clap
Gira gira as mãozinhas, bate a coxa, ta, ta, ta
Gira gira as mãozinhas, bate os pés, tum,Tum, Tum

Hora da história
Eu achei a minha estrela (3x)
E no coração guardei
*
A Janelinha fecha
Quando esta chovendo
A Janelinha abre
Se o sol esta aparecendo
Fechou, abriu
Fechou, abriu, fechou
*
História de dedinho
Anõezinhos pequeninos
Sobem o morro sem cansar,
Seus gorrinhos coloridos
Vão pra lá e vão pra cá,
Procurando um bom cantinho,
Pra dormir e descansar.
História rítmica – A árvore das crianças
(Ursula Wolfel)
Certa vez uma pequena menina ganhou um balão amarelo, mas o vento arrancou-o de sua mão.
- Pare, pare! – gritou a menina. E a árvore segurou o balão.
A pequena menina subiu num banco, e do banco trepou na árvore, e segurou o balão com as duas mãos.
- Desça! – chamaram as outras crianças.
Mas a pequena menina respondeu:
- Não consigo, tenho que segurar o balão!
Então um menino subiu na árvore.
- Agora desçam! – chamaram as crianças.
Mas o menino respondeu:
- Não consigo, tenho que segurar a pequena menina e a pequena menina tem que segurar o balão!
Então uma menina grande subiu na árvore.
- Desçam agora! – chamaram as outras crianças.
Mas a menina grande respondeu:
- Não consigo, tenho que segurar o menino, e o menino tem que segurar a pequena menina e a pequena menina tem que segurar o balão!
Então um menino grande subiu na árvore. Primeiro ele pegou o balão.
Depois desceu a menina grande. Depois desceu o menino e por fim desceu a pequena menina que ficou muito contente por ter seu balão amarelo de volta.
Um ratinho passou e a história levou!
História: As três penas (Irmãos Grimm)
Era uma vez um rei que tinha três filhos. Dois deles eram inteligentes e sensatos, mas o terceiro não falava muito, era simplório e só chamado de Bobalhão.
Quando o rei ficou velho e fraco e começou a pensar no seu fim, não sabia qual dos seus filhos deveria herdar o seu reino. Então ele lhes disse:
- Ide-vos em viagem, e aquele que me trouxer o mais belo tapete, este será o meu herdeiro, após a minha morte.
E para que não houvesse discussões entre eles, o rei levou-os para a frente do castelo, soprou três penas para o ar e falou:
- Para onde elas voarem, para lá ireis.
A primeira voou para Oeste, a segunda, para Leste, e a terceira voou mais para a frente, mas não foi longe, logo caiu ao chão. Então um irmão partiu para a direita, outro para a esquerda, e eles zombaram do Bobalhão, que teria de ficar lá mesmo, no lugar onde ela caiu.
O Bobalhão sentou-se no chão, tristonho. Aí ele reparou de repente que ao lado da pena havia uma porta de alçapão. Ele levantou-a, viu uma escada e desceu por ela. Então chegou a outra porta, bateu e ouviu lá dentro uma voz chamando:
“Donzela menina,
Verde e pequenina,
Pula de cá para lá,
Ligeiro, vai olhar
Quem lá na porta está”
A porta se abriu, e ele viu uma grande e gorda sapa sentada, rodeada por uma porção de sapinhos pequenos. A sapa gorda perguntou o que ele queria. Ele respondeu:
- Eu gostaria de ter o mais lindo e mais fino tapete.
Aí ela chamou uma sapinha jovem e disse:
“Donzela menina,
Verde e pequenina,
Pula de cá para lá,
Ligeiro, vai buscar
A caixa que lá está”
A sapa jovem trouxe uma grande caixa, e a sapa gorda abriu-a e tirou de dentro um tapete tão lindo e tão fino como não havia igual na superfície da terra, e o entregou ao Bobalhão. Ele agradeceu e subiu de volta.
O outros dois, porém, julgavam o irmão caçula tão tolo, que achavam que ele não encontraria nem traria nada.
- Para que vamos nos dar ao trabalho de procurar, disseram eles.
Então, pegaram a primeira pastora de ovelhas que encontraram tiraram-lhe do corpo as suas mantas grosseiras e levaram-na ao rei.
Mas na mesma hora voltou o Bobalhão, trazendo o seu belo tapete. Quando o rei o viu, admirou-se e disse:
- Por direito e justiça, o reino deve pertencer ao caçula.
Mas os outros dois não davam sossego ao pai, dizendo que não era possível que o Bobalhão, a quem faltava principalmente juízo se tornasse rei e pediram-lhe que exigisse mais uma condição. Então o rei falou:
- Herdará o meu reino aquele que me trouxer o anel mais belo.
E ele levou os três irmãos para fora e soprou para o ar as três penas que eles deviam seguir.
Os dois mais velhos partiram de novo para Oeste e Leste, e para o Bobalhão a pena tornou a voar em frente e a cair junto do alçapão. Então ele desceu de novo, e disse à sapa gorda que precisava do mais lindo anel. Ela mandou logo buscar a caixa, e tirou de dentro um anel que coruscava de pedras preciosas e era tão lindo como nenhum ourives da terra seria capaz de fazer.
Os dois mais velhos zombaram do Bobalhão, que queria encontrar um anel de ouro, e nem se esforçaram. Arrancaram os pregos de um velho aro de roda e levaram-no ao rei. Mas quando o Bobalhão mostrou o seu anel de ouro, o pai disse novamente:
- O reino pertence à ele.
Mas os dois mais velhos não paravam de atormentar o rei, até que ele impôs uma terceira condição, e declarou que herdaria o reino aquele que trouxesse a jovem mais bonita. Ele soprou de novo para o ar as três penas, que voaram como das vezes anteriores.
Então o Bobalhão desceu de novo até a sapa gorda e disse:
- Eu devo levar para a casa a mulher mais bonita de todas.
- Ah, - disse a sapa – a mulher mais bonita? Esta não está a mão assim de repente, mas tu vai recebê-la.
E ela deu-lhe um nabo oco, com seis camundongos atrelados nele. Aí o Bobalhão falou, bastante tristonho:
- O que é que eu vou fazer com isso?
A sapa respondeu:
- Ponha uma das minhas sapinhas pequenas aí dentro.
Então ele agarrou a esmo uma sapinha do grupo e colocou-a dentro do nabo amarelo; mas nem bem ela se sentou dentro, transformou-se numa lindíssima senhorita, o nabo virou carruagem e os seis camundongos, cavalos. Aí ele beijou a senhorita, atiçou os cavalos e partiu com ela, para levá-la ao rei.
Os seus irmãos vieram em seguida, e não tinham feito esforço algum para mulheres bonitas, mas levaram as primeiras campônias que encontraram. Quando o rei as viu, disse logo:
- Depois da minha morte, o reino ficará com o caçula.
Mas os mais velhos atordoaram de novo os ouvidos do rei com a sua gritaria: - Não podemos permitir que o Bobalhão seja o rei!
E exigiram que o preferido fosse aquele cuja mulher conseguisse saltar através de um aro que pendia no salão. Eles pensavam: “As camponeses vão consegui-lo com certeza, elas são fortes e robustas, mas a delicada senhorita vai se matar, pulando.”
O velho rei cedeu ainda essa vez. Então as duas campônias saltaram através do aro, mas eram tão desajeitadas que caíram e quebraram seus grosseiros braços e pernas. Então saltou a linda senhorita que o Bobalhão trouxera, e atravessou o aro leve como uma corça, e então todos os protestos tiveram de cessar.
Assim o Bobalhão herdou a coroa e reinou por muito tempo com sabedoria.

Estrelinha, estrelinha
Brilha, brilha, brilha
Minha casa é uma estrela
Minha casa é uma flor
Dentro dela, mora um lindo anjo
Que me acolhe com amor.
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